sábado, 20 abril

Bíblia da prevenção

Texto por: admin 3 março, 2017 Sem comentários

Conheça um dos livros mais antigos do mundo a ensinar sobre cuidados preventivos de doenças modernas

Os alimentos ricos em gordura animal estão entre os maiores vilões a atacar a saúde de todos nós. As gorduras animais provocam o aumento do colesterol e entopem as artérias, aumentando os riscos das doenças coronárias. Por conta disso, uma parcela significativa da população adotou uma dieta mais frugal, sem carne, com preferência para frutas e verduras.

Por muitos séculos, e até milênios, o uso de bastante gordura na alimentação era considerado até mesmo um símbolo de status social. Significava fartura e comer bem. A situação se modificou e, atualmente, comer gordura é símbolo apenas de imprudência. A nutrição moderna concluiu que além do uso de verduras, frutas e cereais integrais em quantidade, alimentar-se bem significa evitar o consumo de gorduras de animais.

O que é interessante notar é que a conclusão dos estudiosos parece tardia. A Bíblia Sagrada está adiantada no assunto da prevenção para a saúde, cerca de 3.500 anos. Isso mesmo. Os primeiros cinco livros da Bíblia, escritos por Moisés, foram produzidos ao redor do 15º século a.C., e são ricos em orientações de saúde preventiva.

Frutas, cereais, castanhas e nozes compunham o cardápio original do primeiro homem e da primeira mulher criados: “E disse Deus ainda: eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a Terra e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento” (Gênesis 1:29). A carne foi incluída no cardápio dos seres humanos após o dilúvio, como alimento provisório, visto que a Terra fora devastada pelas águas (Gênesis 9:2, 3).

Entretanto, a dieta que incluía a carne de animais exigia certos cuidados de higiene: 1) Alguns animais não deveriam ser consumidos como alimento (Levítico 11; 20; 25), entre eles o porco, o rato, répteis, moluscos, peixes de couro, etc. 2). A gordura e o sangue dos animais classificados como limpos, não deveriam ser consumidos (Levítico 3:17; 7:23-25). 3). Um animal morto por morte natural não deveria ser consumido.

Uma análise científica dessas instruções mostra uma clareza e sabedoria que certamente não partiram de Moisés, o autor desses livros. Deus o inspirou para proteger nossa saúde. Basta ler alguns livros e revistas especializados para entender o valor dessas orientações, muitas vezes confundidas com manias religiosas de judeus. Os famosos frutos do mar, por exemplo (mariscos e outros bichos), são animais filtradores que ingerem, com seu alimento, minúsculos germes e partículas microscópicas de produtos químicos e metais pesados que poluem as águas. Esses elementos ficam depositados em sua carne e são transmitidos ao ser humano quando este os ingere. Moisés estava certo: comer um bicho desses é risco na certa.

Os peixes sem escama são também portadores de vírus e germes que se alojam em sua pele. A escama funciona como um escudo protetor. Sabe-se que nas regiões em que a incidência de lepra é maior, o consumo de peixes de couro também é grande. Já o porco é famoso como hospedeiro da Taênia sólium e dos cisticercos dos vermes da triquinose, que se alojam no cérebro humano e provocam uma doença que pode matar.

Porquinho light, porquinho japonês geneticamente modificado com genes de espinafre, escargots criados em cativeiro. Nada disso deve ser visto como suficientemente seguro para baixar a guarda. Depois de muitos séculos de trabalho e pesquisas para criar novas drogas e técnicas cirúrgicas revolucionárias para melhorar nossa saúde, chegamos à conclusão de que a Bíblia, em sua simplicidade, está tão certa e atualizada hoje, como sempre esteve.

Francisco Lemos é jornalista

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