terça-feira, 16 abril

Coragem!

Texto por: admin 5 abril, 2016 Sem comentários

Medo. Quatro letrinhas em que podem caber monstros imensuráveis. Todo mundo sente medo. Ou pelo menos já sentiu em alguma fase da vida. Quer ver?

Medo de aranha, medo de cobra, medo de cachorro. Medo de cair, medo de altura, medo de escuro. Medo de apanhar, medo de perder, medo de sofrer. Medo de ganhar nenê. Medo de ficar velho. Medo de não ser aceito nem amado. Medo de ser trocado. Medo de ficar sozinho, ou sufocado de tanta gente perto. Medo de dizer não. Medo de encarar a realidade. Medo de falar em público. Medo de não ser ouvido. Medo da crise. Medo do fracasso. Medo até da fama e do sucesso. E ainda há o medo que temos pelos outros (medo de ver os filhos irem mal; medo de o marido perder o emprego; medo de o governo não dar conta…).

Medo. Medo. Medo… Medo de sentir medo.

Ainda bem que a maioria de nossos medos é vencida simplesmente com o passar do tempo. Mas alguns “bichos do medo” levam uma vida toda para ser adestrados, domados e domesticados.

Os efeitos fisiológicos do medo podem ser “frio na barriga”, mãos geladas e voz engasgada. Mas também podem passar para dor de barriga e seus fins derivados, suor frio, respiração curta e sensação de morte iminente. Dá até medo de pensar!

Quando não sentimos o mesmo medo dos outros, a tendência é minimizar e até ridicularizar. O que piora a sensação.

Quando meu filho tinha mais ou menos três anos, começamos a usar outros nomes para os medos que ele dizia sentir. Estávamos tentando não estimulá-los. Minha mãe sabiamente propôs usar o termo cauteloso, quando, na verdade, o menino estava sendo medroso. Ela sempre respondia que ele era corajoso quando apresentava um de seus receios. Certo dia a farsa acabou. O pequeno Luiz estava muito relutante em subir em um escorregador mais alto que o de costume e, quando a avó veio com aquela história de que “o Luiz é corajoso”, ele irrompeu: “Não, vó! Eu não sou corajoso! Eu sou ‘com medo’!”

De fato, assumir o medo parece garantir a desculpa de não ter que resolvê-lo, de não enfrentá-lo. Mas ele continua a incomodar. Graças a Deus, existem muitas técnicas, estratégias e profissionais capacitados a nos ajudar a lidar com nossos medos. E é incrível pensar que os antídotos contra os temíveis receios e ansiedades (medos) estão dentro de nós. É nesse sentido que alguns profissionais trabalham, tentando resolver questões mal resolvidas que desencadearam nossos mais específicos medos.

A Bíblia nos mostra que o medo passou a fazer parte da vida do ser humano logo após o homem pecar. Ao comer do fruto que Deus havia proibido, Adão “descobriu” que estava nu. E, ao ser visitado por Deus naquela mesma tarde, Adão disse que teve medo e resolveu se esconder (Gênesis 3:6-10).

De certa maneira, o medo pode até ser um fator protetor evitando grandes males; mas o medo (que na verdade pode ser chamado de culpa) que vem logo depois de agirmos mal também pode servir de alerta.

Grandes homens usaram o medo para se aproximar de Deus, que é a fonte da coragem e que jamais ridiculariza nossos sentimentos. Davi, Moisés, Salomão, Gideão, Josué, Sansão, Elias… Todos passaram pelo vale escuro do medo e foram vitoriosos ao liderar nações inteiras em períodos de guerra, ao conduzir espiritualmente o povo de Israel, e foram sábios e justos diante da comunidade em que viveram.

Talvez você esteja vivendo um desses momentos de medo da vida. Talvez o medo seja tão intenso que você não consiga pensar além dele. Mas você pode!

Entre tantas outras verdades, a Bíblia diz que Deus é amor (1 João 4:8), e também diz que o verdadeiro amor lança fora todo o medo (1 João 4:18).

Talvez essa seja uma oportunidade de vencer seus medos de maneira diferente do que foi a vida inteira: com a ajuda de Alguém que prometeu a Josué, a Isaías e também a você: “Seja corajoso e não tenha medo, porque Eu estou com você, Eu te ajudo” (Josué 1:9 e Isaías 41:13).

Teru Gouveia é apresentadora do programa Vida $ Saúde

www.novotempo.com/vidaesaude

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