Depressão em idosos
A depressão não faz distinção: ela pode acometer de crianças a idosos. Às vezes, nos surpreendemos em ver jovens, adultos e até celebridades passando por este problema.
As razões podem variar e, por isso, investir em cuidado, atenção e tecnologia tende a somar na hora de tratar alguém depressivo. Partindo desse ponto de vista, uma pesquisa conduzida por profissionais do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e da London School of Hygiene & Tropical Medicine e teve apoio da FAPESP e do Medical Research Council, do Reino Unido, apresentou dados otimistas.
Com um projeto que ofereceu treinamento a equipes de saúde e o desenvolvimento de um sistema de interação com idosos para ser usado em tablets, foram atendidos em domicílio 33 idosos com depressão cadastrados em uma unidade básica de saúde (UBS) da capital paulista.
De acordo com Marcia Scazufca, que tem coordenado o projeto ProActive, “a depressão em idosos é um problema grave. A escassez de tratamento está relacionada à falta de profissionais especialistas em saúde mental, aos altos custos dos serviços especializados e à dificuldade em se identificar a doença cedo, já na atenção primária”.
Ela ainda conta que o ProActive foi idealizado para ser utilizado na Estratégia Saúde da Família do Sistema Único de Saúde (SUS), em que o trabalho é realizado por equipes – em geral formadas por um médico de família, um enfermeiro, dois auxiliares de enfermagem e seis agentes comunitários de saúde, responsáveis pela assistência a famílias residentes em determinado território da área de abrangência do serviço.
Após cinco meses de intervenção em domicílio, 87% dos pacientes atendidos apresentaram melhora significativa nos sintomas, chegando a reverter o quadro depressivo.
O cuidado adequado pode fazer toda a diferença!
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