sábado, 20 abril

Longe dos holofotes

Texto por: Equipe VS 18 junho, 2019 Sem comentários

É comum ao ser humano o desejo de reconhecimento pelo trabalho realizado seja qual for sua dimensão. De fato, é agradável quando ouvimos de alguém as seguintes palavras: “Parabéns pelo seu trabalho”, ou “Você foi brilhante em sua tarefa”, ou “Você foi demais… nota 10”. Todos nós gostamos de ouvir essas frases pelo que fizemos. Para algumas pessoas tais frases funcionam como incentivo para realizar um trabalho cada vez melhor. Para outras, o ego atinge seu ponto mais alto, levando-as a uma postura arrogante e de superioridade em relação às demais pessoas.

Uma das coisas necessárias na vida é o desenvolvimento da capacidade de realizar boas ações, principalmente em favor do próximo, mesmo que não haja reconhecimento por parte das pessoas. E isto não é fácil, até porque isto faz parte da natureza humana. Certamente, você já ouviu a história de Nicholas Winton (1909-2015). Este homem, de origem britânica, em 1939, quando o nazismo começou a impactar a Europa, salvou 669 crianças que, de outra forma, teriam tido o mesmo destino de seus pais nos campos de extermínio nazistas. Corajosamente, Winton providenciou o transporte dessas crianças da República Tcheca para a Inglaterra, salvando-as da morte nos campos de concentração. Por aproximadamente meio século, esse ato heroico permaneceu desconhecido do mundo. Por todo esse tempo, Winton nunca propagou esse fato, mas certamente em seu íntimo repousava o senso de que vidas foram salvas por sua atitude heroica. Somente há poucos anos, por meio de Grete Winton, esposa de Nicholas Winton, é que essa história veio à tona.

Prezado leitor, saiba que nem sempre recebemos o reconhecimento por algo de bom que fazemos em favor de alguém. Mas, a despeito disso, faz bem realizar coisas boas em favor daqueles que necessitam de nossa ajuda. Quanto bem isso nos faz! Ruas e avenidas das grandes e pequenas cidades “abrigam” pessoas marginalizadas por uma sociedade consumista e altamente desigual. Esse é um cenário que requer heróis anônimos. Pessoas que empreendam em favor de outras sem que a mídia exalte tais feitos. Certo dia, falando de seu trabalho em favor dos necessitados, Madre Tereza de Calcutá afirmou: “Sei que meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele, o oceano seria menor.”

Nosso mundo precisa desse tipo de herói. Será que você é um deles? Não importa qual seja sua área de ação. Há sempre algo que podemos e devemos fazer em favor de alguém. O melhor de tudo isso é que atos dessa natureza não passa despercebido aos olhos Daquele que tudo vê e avalia. Cristo disse: “Tu, porém, ao dares esmola, ignora a tua mão esquerda o que faz a tua mão direita; para que a tua esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará” (Mateus 6:3, 4).

Nerivan Silva é jornalista e editor associado de Vida e Saúde

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