O mais bonito
Os padrões de beleza que nos seguem em todas as culturas desde a antiguidade
Um dia desses, eu conversava com uma amiga e comentamos como muitas convicções que temos são tão diferentes em outras culturas. Um exemplo disso é a simpatia natural brasileira: Puxamos assunto com qualquer pessoa, seja no mercado, na rua, na fila do banco ou em qualquer lugar. Já na França, falar com estranhos não é tão comum como para os brasileiros. Outro exemplo são os colombianos: Eles estendem a mão para ajudar as mulheres que saem do ônibus, enquanto no Brasil é uma disputa para ver quem consegue sair primeiro.
Outro tema que sempre está em pauta, desde a Pré-História até os dias atuais, é o padrão de beleza. O que é ser bonito, afinal? No Renascimento, após a peste negra, ser gorda era sinal de saúde entre as mulheres. Seguem o mesmo padrão de obesidade as cidadãs de Mauritânia, um país da África Ocidental, em que os quilinhos a mais são sinal de um marido rico e que a mulher não precisa trabalhar.
Pescoço longo, alargadores nos lábios, tatuagens no rosto, cicatrizes no corpo e outras diversas características compõem os padrões de beleza espalhados pelo mundo a fora. Desde os anos 20 até os anos 90, a mulher já passou de faixas para achatar o corpo e mantê-lo na mesma proporção, às cirurgias para deixar os seios mais fartos.
Hoje, em nossa cultura, vivemos a consequência da prática exagerada dos exercícios físicos: a vigorexia. Na disputa incessante para se sentir mais bonitos, homens, e também muitas mulheres, extrapolam nos treinos e, muitos deles, partem para o uso de anabolizantes, apenas para atingir um padrão de beleza ilusório.
Desde os anos 80, época em que o corpo ganhou mais espaço, a mídia vende a ideia de que um físico perfeito e ideal nos dará a “eterna juventude”. O cinema de Hollywood teve e tem grande influência para criar novos padrões de beleza. Somos levados a pensar que um corpo escultural nos dará aquilo que não está disponível para compra: felicidade e sucesso.
Fora dos padrões estabelecidos pela nossa sociedade atual, devemos ter em mente o que é realmente importante: “A beleza de vocês não deve estar nos enfeites exteriores, como cabelos trançados e joias de ouro ou roupas finas. Ao contrário, esteja no ser interior, que não perece, beleza demonstrada num espírito dócil e tranquilo, o que é de grande valor para Deus” (1 Pedro 3:3-4).
Para o Mestre, muito mais vale o interior que as características exteriores. A beleza perfeita pertence àquele que está no Senhor. “Enganosa é a beleza e vã a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa sim será louvada” (Provérbios 31:30).
É claro que não devemos ser sedentários nem acomodados, essa não é a visão aqui defendida. A atividade física proporciona mais qualidade de vida com mais saúde e disposição. Além disso, a autoaceitação é fundamental para uma vida menos estressada, mais segura e mais feliz. Não existe uma fórmula mágica para se alcançar a temperança, mas nosso Pai que está nos Céus promete nos ajudar: “Lancem sobre Ele toda a sua ansiedade, porque Ele tem cuidado de vocês” (1 Pedro 5:7).
Bruna Genaro é jornalista
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