Tecnologia e saúde
Dois temas importantes e cada vez mais do interesse das pessoas são tecnologia e saúde. Muito mais atraente pode ser a intersecção de ambos. Na verdade, isso já existe há tempos e a ciência, bem como empresas que desenvolvem tecnologia nessa área, trabalha incansavelmente para oferecer mais avanços no campo da saúde.
Sendo assim, não mais se discute se a tecnologia a favor da saúde é boa ou ruim, mas se, sendo boa, a quem ela é acessível. Afinal, a telemedicina, a robótica, a nanotecnologia e outros recursos da medicina atual são para todos ou para grupos seletos? Seria necessário expandir a parceria público-privada para melhor atender e atender a todos? Tecnologias avançadas podem agilizar tratamentos, mas os médicos estão preparados para utilizá-las? Isso mudará a relação médico-paciente? O paciente de hoje tem mais acesso à informação de saúde?
Esses foram pontos bastante discutidos no Fórum de Tecnologia e Acesso à Saúde, realizado pela Folha de S. Paulo no dia 31 de agosto, na capital paulista. Vida e Saúde esteve lá e conferiu de perto um debate sério entre formuladores de políticas e profissionais especializados e acadêmicos sobre o uso de novas tecnologias na prevenção e no tratamento de doenças e na ampliação do acesso à saúde.
Além de todas as interrogações, chamou a atenção o que o presidente da Sociedade Israelita Brasileira Albert Einstein, Cláudio Lottenberg, disse sobre o fato de o médico ser remunerado de acordo com a doença do paciente e não pela saúde dele. Do ponto de vista de Cláudio, é preciso haver uma mudança de mentalidade e de perspectiva. A medicina deve trabalhar pela saúde e não a partir da doença.
Diante disso, o indivíduo também se torna responsável pela própria qualidade de vida e muda a ênfase de si mesmo, deixando de buscar melhorias no estilo de vida apenas a partir da recomendação médica ou do diagnóstico ruim.
O paciente com mais acesso à informação pode responder melhor aos tratamentos por colaborar no processo de recuperação, e isso é capaz de causar grande impacto, inclusive na atuação da medicina ou da tecnologia.
Fica a dica de que não basta nem mais tecnologia nem mais acesso à tecnologia aplicada à saúde, se a sociedade não assumir a parte que também lhe cabe quanto a adotar hábitos de vida saudáveis.
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